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Refugiado Ambiental

  • Foto do escritor: Minha Baixada
    Minha Baixada
  • 6 de abr. de 2013
  • 3 min de leitura

Ligar o ar condicionado, subir a montanha e até mudar de país. Vale tudo para fugir das altas temperaturas do planeta nas últimas décadas. Nem os invernos polares de NY têm aguentado por muito tempo. Mundo afora, há cada vez mais “refugiados ambientais” em busca de lugares que ofereçam um clima mais fresco e também disponibilizem condições de vida mais humanas em termos de urbanização ambiental. Claro que um paraíso como este ainda não existe, mas tem gente pulando de galho em galho atrás dele, como é o caso da carioca Débora Silva, que já morou em vários lugares do Brasil e hoje vive na Flórida, EUA, há sete anos. “Não que aqui seja mais fresco, pelo contrário, as temperaturas são bem altas, mas o governo nos tranquiliza em termos de organização e urbanização. Aqui, por exemplo, não sofremos com a dengue, mesmo com tantos rios e lagos, exatamente por conta de uma governança viável”, enfatiza.

Por outro lado, não jogar óleo de cozinha no esgoto, evitar utilizar produtos industrializados e usar menos o ar-condicionado são tarefas simples mas que têm virado o lobo mau da preservação ambiental em um país que não vive sem os enlatados. As temperaturas no inverno da Flórida têm chegado aos 104º Fahrenheit (40ºC). Com isso, todas as casas têm ar-condicionado central e os carros não saem mais da montadora sem este opcional.

A falta de propostas efetivas de preservação ambiental tem deixado o texto base da Conferência da ONU para o desenvolvimento sustentável Rio+20 muito frágil às críticas. Esta semana a secretária do meio ambiente do Reino Unido, Caroline Spelman, disse, em coletiva, que o documento está precisando mostrar medidas concretas. “É preciso descobrir uma forma nova que vá além do PIB, que leve em conta não apenas o crescimento mas também o impacto do crescimento. Esta reunião tem de ser uma reunião de trabalho e não mais de debates”, pontua. Há uma inquietação, segundo ela, por parte das lideranças ambientalistas, por conta dessa falta de ação do documento.

Luiz Rodrigues presidente da Environmental Coalition of Miami & the Beaches (ECOMB), acredita no texto base mas também alerta para a necessidade das propostas começarem a sair do papel. “A proposta do texto base é bem abrangente, tornando-se um excelente guia de desenvolvimento sustentável e de preservação ambiental para nossos líderes. No entanto, é necessário um desejo, uma determinação política, e o estabelecimento de uma estrutura na sociedade única de cada cidade, estado, país, como a criação de parcerias com grandes e pequenas empresas, ONGs, organizações comunitárias”, comenta.

A organização tem feito sua parte e está em contato com outras ONGs, empresas e também políticos regionais para coordenar a sua presença na conferência. “Já temos uma estrutura em nossa sociedade local (vários comitês de sustentabilidade, ONGs etc.), como também um desejo e uma visão política, com relação à importância da preservação ambiental e da criação de estruturas que venham a facilitar a viabilização de soluções sustentáveis regionalmente”, conclui.

Sergio Trindade, ex-Secretário Geral Adjunto das Nações Unidas para Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (1986-1991), mora nos EUA há 26 anos, mas trabalha no mundo inteiro, inclusive no Brasil, em uma variedade de projetos, muitos ligados à mudança climática, biocombustíveis e desenvolvimento sustentável. Ele também acredita que o potencial tanto do Brasil, quanto dos EUA, em desenvolver políticas efetivas para melhorar as condições climáticas são maiores do que se tem posto em prática. “Em foros internacionais de mudança climática, meio ambiente e sustentabilidade, o Brasil tem posição destacada. Entretanto, parece-me que, como em demais assuntos, as posições brasileiras ficam aquém de seu potencial, em especial, por não refletirem as vozes de um leque mais amplo de stakeholders (segmentos organizados da sociedade)”, pontua Sérgio.

Para ele, a posição americana também reflete o impasse entre seus stakeholders, e a situação tende a se estagnar nos EUA por conta do processo eleitoral. “O conservadorismo americano atual e suas empresas de combustível fóssil (carvão, petróleo e gás), entre outras, dificultam o exame de soluções alternativas, enquanto estimulam, na população, a negação da própria mudança climática, ou da influência da ação humana sobre ela”, destaca.

O ex-secretário visualiza dois temas que polarizam a discussão com os EUA e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa os países mais industrializados da economia do mercado. Um deles é a criação de um fundo especial (custeado pelos países integrantes da OCDE) para apoiar países em desenvolvimento a mitigarem e se adaptarem à mudança climática. O outro é a questão do acesso a essas tecnologias. Trindade acredita que ambos os lados da discussão têm posições muito rígidas, “mas como no caso do acordo continuador do protocolo de Quioto, em que se esboça um enfoque mais flexível, é possível, nos casos do fundo especial e do acesso à tecnologia, que se consiga uma aproximação das partes”, analiza Sérgio, que também é recipiente do Prêmio Nobel da Paz 2007, dividido entre Al Gore e o Comitê Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), do qual é membro.

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