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O planejamento estratégico de uma campanha eleitoral em tempos de crise política e financeira

  • Foto do escritor: Minha Baixada
    Minha Baixada
  • 28 de abr. de 2018
  • 6 min de leitura

Atualizado: 19 de fev. de 2020


No entanto, o marketing político é muito mais complexo. Para montar um perfil que atenda às necessidades do público-eleitor é preciso entender este público cada vez mais segmentado e transformado num grande mosaico de necessidades e possibilidades. Vale ressaltar, que o composto de marketing eleitoral ideal deve partir de uma análise aprofundada dos desejos de cada um desses segmentos da sociedade que compõem este grande mosaico.

Dentro de uma realidade de grande descrédito da classe política, promovida por ela mesma, sempre envolvida em grandes escândalos de corrupção, o público-eleitor está cada vez mais cabreiro com discursos muito politizados e campanhas de marketing pessoal massivas. Este público se volta mais para as ações deste candidato propriamente dita e irá buscar estas informações de várias maneiras, principalmente nos meios eletrônicos de mídia. “Logo, não adianta uma campanha rica, cheia de recursos midiáticos se o candidato, seja um político já renomado ou um principiante, não mostrarem legitimidade no desempenho do seu cargo eletivo e/ou projetos consistentes”, aconselha (KOTLER 1978).

Ainda segundo KOTLER (2000), o marketing é mais uma filosofia de gestão do que simplesmente venda de uma idéia, candidato ou produto. Os autores CHURCHILL E PETER (2008) ressaltam que neste contexto político, o marketing é definido como a arte de informar e comunicar com o eleitor; orientar e direcionar as ideias do partido, candidato e governo, em função das necessidades que se detectam; é definir o seu público e satisfazê-lo; é potenciar relações duradouras com os eleitores. Enfim, é ajustar medidas políticas e estratégicas às necessidades do estado e da sociedade, aos anseios dos cidadãos, no sentido de servir sempre melhor, aproximando o governo dos governados.

A diferença do marketing eleitoral para o marketing político

Falamos até o momento do marketing eleitoral, mas não podemos deixar de destacar a importância do marketing político para a manutenção da divulgação das ações da gestão política. A utilização das estratégias de planejamento direcionadas para a gestão é de suma importância para a garantia de uma reeleição com mais facilidade. Neste trabalho a manutenção do relacionamento com o público-eleitor é fundamental e na maioria dos casos esquecida pelos eleitos que parecem governar para si, esquecendo do plano de governo aprovado pelo povo que o elegeu. Falamos aqui dos eleitos.

No caso dos candidatos, marketing eleitoral, é peça fundamental para o sucesso de uma campanha política, apresentando grande eficiência e eficácia, mas vale ressaltar, que suas técnicas devem ser utilizadas com parcimônia, pois, se mal utilizadas, podem levar o candidato com chances reais de vitória, a amargar uma grande derrota nas urnas. É preciso anular o grande preconceito entre marketing e política, em que juntos ganham um tom pejorativo “político marqueteiro” não é bem visto pela sociedade hoje em dia. Propagando a ideia de que marketing político é uma máscara do político corrupto e mentiroso. Remetendo aos casos de marketing empresarial de empresas que aumentam a publicidade dos produtos encalhados re-lançados no mercado como algo novo e muito legal. Prática também desmascarada pelo público consumidor que já aprendeu que propaganda demais de um produto antigo que chega de cara nova, boa coisa não é.

O planejamento estratégico em marketing eleitoral trabalha basicamente a organização e o conceito

De acordo com CHURCHILL E PETER (2008), Planejamento Estratégico é uma técnica administrativa que procura ordenar as idéias das pessoas, de forma que se possa criar uma visão do caminho que se deve seguir (estratégia). As ideias são coordenadas basicamente depois da análise desse grande mosaico, peça a peça. Seguimento por seguimento. Esse ambiente externo irá determinar os caminhos a seguir, quais as ameaças e oportunidades. Tudo isso, deve ser precedido de uma profunda análise dos aspectos internos (fortes e fracos) do candidato, como primeira iniciativa do planejamento estratégico de campanha.

A segunda ação, a análise do ambiente externo e interno, pode ser feita de várias maneiras, sob várias vertentes, para descobrir as ameaças e oportunidades. Por exemplo: em uma região específica é possível encontrar várias necessidades por segmento, no entanto, não é difícil encontrar uma necessidade macro. Ou seja, é possível atender o maior número de pessoas possível, com apenas um plano de governo. Exemplo: uma região com baixa segurança, falta de emprego, baixa escolaridade, saneamento básico e saúde prevê um plano que estude quais as melhores possibilidades para atender a essa demanda dentro de uma realidade possível, buscando mostrar basicamente uma proposta inovadora para fontes de custeio de suas ideias. Ou seja, se uma cidade não pode bancar sozinha a manutenção de um grande hospital geral, procura-se um consórcio que reúna várias cidades para a manutenção deste hospital que irá atender a região e porque não, sentar na mesa de negociações: os poderes público e privado?

Nesta fase de planejamento também é importante encontrar as fraquezas dos concorrentes para fortalecer as suas. Planejando ações alternativas no caso da reação do concorrente. Procurando sempre fazer a coisa certa no menor tempo. Unindo eficácia com eficiência. No caso político, não adianta discursos longos para o público errado nem discursos curtos para o público certo. É preciso encontrar o meio termo com discursos claros e objetivos. Deixar o gostinho de quero mais é diferente do que deixar a sensação de informação rasa, sem fundamentação teórica e prática.

Os elementos básicos do planejamento estratégico de campanha

O sucesso de uma campanha está basicamente no grau de envolvimento do candidato, ou seja sua motivação pessoal e capacidade em identificar o clamor das ruas. Seja, por empregos, remédios, saúde, transportes ou uma catástrofe que possa gerar uma grande discussão sobre melhor gestão.

A definição de missão do candidato é o primeiro fator preponderante na hora do voto. Um morador da Baixada Fluminense dificilmente irá votar num candidato que tem projetos apenas para a Zona Sul do Rio, onde moram os mais abastados da sociedade. Logo, este candidato deve prever a sua missão, de acordo com o público que pretende atingir. “Candidato do povo pobre” ou do “povo rico” ou ainda de todos os povos” . Este mesmo candidato pode definir a sua missão como algo mais subliminar como a ética, bons costumes, moral, etc. Governar baseado nestes princípios é tudo que o eleitor sempre esperou e hoje mais do que nunca. Mas vale ressaltar, que não basta falar, tem que provar, ou seja, agir assim.

Na visão do candidato, ele precisa deixar claro sua visão de futuro no cargo pretendido. Deixando sempre muito destacado o porquê e para quê pretende se candidatar. Muitos candidatos tiveram a cara de pau de dizer que eram candidatos para ganhar melhores salários e cuidarem de suas famílias em primeiro lugar e pasmem, ganharam as eleições, não pela visão em si, mas pela sinceridade como trataram o tema. No entanto, este campo deve expor na prática a ‘visão de mundo” ideal com base na sua eleição.

Os valores pessoais serão ressaltados nos discursos mesmo que o candidato não queira. Dominar técnicas de comunicação será de suma importância nesta hora. Por tanto, é melhor definir os valores mais próximos de si, do que tomar para si, os valores mofados de uma sociedade democrática de valores falidos. Como defender o casamento entre heteros com altas taxas de divórcios, por exemplo. No entanto se você acredita que este é o melhor caminho para uma sociedade sadia, procure saber antes se a maioria do seu público-alvo pensa assim através de uma boa pesquisa de campo, antes de definir seus valores políticos e pessoais e expor publicamente para depois não sair por aí, tentando aprovar a lei Cura Gay numa sociedade LGBTS. No entanto, valores não são inegociáveis, não estamos aqui falando para você se adequar à sociedade, pelo contrário. É preciso entendê-la e respeitá-la com ética transparência, honestidade e comprometimento acima de tudo.

TORQUATO (2002- Pg. 184) enfatiza a importância dos valores na prática de uma candidatura: “Falemos, agora, sobre valores que engrandecem os perfis políticos. Certos valores ajudam o candidato a atrair a simpatia e a decisão favorável do eleitor. Em primeiro lugar, a grandeza ética. O candidato sério, decente, cumpridor de compromissos é bem-aceito e se encaixa no perfil desejado pelo eleitor. A desonestidade, a falta de idoneidade, a falta de confiança afastam o eleitor. Uma segunda categoria valores relaciona-se ao discurso novo, um discurso objetivo, concreto. O eleitor já está descrente dos discursos já gastos, monumentais. Outro elemento de motivação de voto é a determinação. As posturas imobilistas afastam o eleitor. O candidato que não transmite a ideia de realização não ganha voto. Já o conceito de empreendedor, pessoa ativa, dinâmica e corajosa, tem vez. A velha política não atrai mais. Um modo diferente de fazer política é praticando transparência, usando a franqueza. A autonomia é outro aspecto importante. O candidato deve dar mostras de independência, a ideia que pode colaborar para resolver os problemas da população”.

Partindo destas definições podemos prosseguir para a organização prática do planejamento estratégico da campanha, planejamento das ações da campanha, calendários, agendas, roteiros do candidato e de marketing.

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