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O que você vai ser quando crescer?

  • Foto do escritor: Minha Baixada
    Minha Baixada
  • 6 de abr. de 2013
  • 3 min de leitura

Já nos primeiros anos de vida, entre cinco a 10 anos é comum as crianças serem interpeladas sobre o que vão ser quando crescerem. Já existem até respostas prontas por pais “analisados” que ensinam seus filhos a dizer “Vou ser feliz”, mas na realidade, estes mesmos pais incutem na cabeça destas crianças, para que escolham profissões lucrativas, que rendam uma vida confortável para si e seus filhos.

Diante desta responsabilidade surgem pressões para que sejam médicas, doutoras, cientistas, engenheiras. Nesta lista não constam profissões como professor, policial, bancário ou jornalista. Esta última profissão surge como segunda ou terceira opção e geralmente exercidas por pessoas críticas e dispostas a mudar o mundo através de uma ideologia. O que para estes, significa uma visão ideal de mundo.

Todas estas pessoas vão para a faculdade e muitas descobrem somente depois de terminar o curso que não era o ideal e acabam por fazer outras coisas na vida, por amor ou necessidade, geralmente atendida por um bom tecnólogo, já que o mercado tem revelado que este profissional formado em dois anos, no máximo, tem conseguido os melhores salários, em detrimento do universitário de quatro, cinco e até oito anos.

Marielen Jardim queria ser pediatra, aeromoça, marqueteira, mas logo no terceiro período do último curso citado, descobriu que não era bem isso, que lhe motivaria na vida profissional ou renderia bons salários; concluiu o curso para não perder o que já tinha pago e hoje tenta outra faculdade. “Mesmo depois de formada não consegui me encontrar no mercado. Terminei e hoje faço psicologia. No fundo, sempre gostei muito de psicologia, pelo fato de conseguir entender a mente humana,” analisou.

As vezes é preciso mais do que um sonho para conseguir terminar o curso universitário. As adversidades da vida levam as pessoas a descambarem para outros caminhos em busca da sobrevivência. “Sempre quis ser jornalista, nunca pensei em outra profissão, no entanto, ainda não consegui terminar o meu curso por falta de estrutura financeira. São muitos afazeres paralelos e morar sozinho é muito difícil. Infelizmente ainda não consegui o diploma, mas exercer o jornalismo e o radialismo me faz continuar. Falta apenas um ano e meio para oficializar a profissão”, contou Leandro Machado esperançoso. Mesmo tendo outro trabalho no setor público, Leandro edita uma revista eletrônica há cerca de dois anos e faz programas esportivos em rádios locais.

Além de todas as dificuldades ainda restam outros obstáculos que devem ser vencidos dentro de uma faculdade, principalmente para os egressos como foi o caso de Rildo Ferreira, 47. Depois de mais de 20 anos fora das salas de aula, resolveu voltar a estudar. Já com filhos e uma vida profissional estabilizada, lhe restava apenas o prazer de voltar à sala de aula. “O que eu ganho hoje na minha profissão inicial é mais do que eu ganharia como pedagogo pós- graduado, no entanto, os cursos me ajudaram muito a desenvolver minha profissão de uma maneira mais completa”, contou.

Mas nem tudo foi fácil mesmo para ele, o primeiro contato com o texto acadêmico e toda aquela rotina universitária foi muito estressante e difícil. “Senti muita dificuldade de trabalhar com os grupos mais jovens, porque eles não compreendiam muito bem os textos acadêmicos e acabavam dispersando e muitas vezes eu me via fazendo o trabalho de todo mundo ou sendo o “chato” do grupo, por exigir mais do que queriam oferecer, estavam mais preocupados com as festinhas,” desabafou.

As festas são muitas e para todos os públicos


A Festa Hot, por exemplo, oferece concurso da camiseta molhada e dançarinas profissionais. “É quase impossível resistir às festas e à pegação”, conta Jéssica Oliveira, estudante de jornalismo na Rural. Para quem mora nos alojamentos ou em bairros próximos é hora de curtir o barzinho da esquina depois da aula, evento que pode durar a noite inteira. Ou para os mais ousados, uma visita secretíssima às dependências mais escondidas da faculdade. Nem é preciso comentar o que rola por lá. “Pra mim, hora de correr porque o “Nilópolis” ônibus que pego, já vai passar”, acrescentou a estudante.

Em contraponto à esta realidade, Carolina Pinheiro que seria Engenheira Química, Desenhista Industrial, Advogada e hoje faz Engenharia Florestal na UFRRJ, disse que encontrou recentemente outra realidade dentro da faculdade, diferente de muitos calouros, que perdem o foco quando se deparam com a “psdeudo liberdade” universitária, Carol, assim como Marielen, não deixou-se levar por festas temáticas. “Eu particularmente nunca fui a nenhuma das festas desde que entrei. Nem no churrasco de integração da minha turma. Na universidade tem muita gente que se vê pela primeira vez, longe do controle dos pais e se perde no mundo das festas”, contou. “Acho que a sensação de liberdade é quase irresistível. Mas eu vejo que a maioria se preocupa com os estudos, a visão do “adolescente vagabundo” não corresponde à realidade atual que eu presencio”, defende. A universitária também parece feliz com o curso que escolheu.

Depois de formados, para onde vão estes profissionais ?

A resposta ideal seria “para o mercado de trabalho”, mas nem sempre é assim que acontece. Se estes estudantes não conseguirem um estágio ainda no curso ou complementar com outros de extensão ou idiomas, fica ainda mais difícil encontrar um “lugar ao sol”. “Eu não consegui fazer nenhum estágio de marketing enquanto estudava e depois de formada, se você não obteve esta experiência, ninguém te dá trabalho”, contou desolada, Marielen Jardim.

No entanto, os cursos universitários também andam tendo sérios problemas de se manter com qualidade, segundo as últimas pesquisas do ENAD, mesmo as tradicionais universidades públicas. Muitas perderam o direito de oferecer certos cursos. Parte deste fracasso se deve ao ensino médio de péssima qualidade seguido da agravante “mcdonaldização” da educação universitária como um fast food que disputa espaço no shopping, estação de trem ou até mesmo numa loja da esquina sem o mínimo de estrutura, tanto para os alunos, quanto para os professores que estão cada vez mais desvalorizados.

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