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"Batidas e Rimas" comemora 7 anos com festa na Baixada

  • Carol Lázari
  • 3 de out. de 2018
  • 4 min de leitura

Romildo TMJ é o idealizador do projeto

Cansado de se ver obrigado a sair da Baixada e atravessar o todo o Rio de Janeiro para curtir um hip-hop no tradicional bairro da Lapa, o produtor cultural e morador de Queimados, Romildo TMJ, de 37 anos, decidiu planejar a primeira ação do Batidas e Rimas, projeto que, desde 2011 promove, defende e incentiva a incentiva a cultura hip-hop, trazendo à Baixada apresentações de nomes conhecidos no cenário do rap e hip-hop, bem como cria oportunidades para os novatos da região dividirem o palco com as estrelas.

Desde então, com muito trabalho, esforço, apoio e ajuda de amigos e conhecidos, o evento se tornou clássico na região, se consolidou como uma alternativa para de entretenimento para os jovens das cidades mais próximas e em 2018 completa sete anos e ainda possui a mesma essência com a que surgiu. A particularidade do Batidas e Rimas é juntar todas as tribos, mas, principalmente os jovens que se identificam com o rap e hip-hop, visto que a opção de entretenimento para os que curtem esses ritmos seja um pouco escassa na Baixada.

Quais as influências e motivações que teve para criar o Batidas e Rimas? O bairro mais boêmio do RJ tem um peso histórico na existência do Batidas, pois era lá que aconteciam os eventos base que são referências para nós. A Batalha do Conhecimento, a Batalha do Real e a Liga dos MCs serviram de laboratório durante anos, para que a gente se aprofundasse na cena e conhecesse toda a galera. Quem cantava, quem produzia, os DJs, os grafiteiros... Estavam todos ali entre 2006 e 2010, até nossa primeira edição em Novembro de 2011 .

Durante esses sete anos, quais foram as edições mais marcantes? Logo de cara, a apresentação do MC Marechal em 2011, na extinta Sede do São Roque, que hoje já nem existe mais. Naquele dia, ele dividiu o palco com atrações locais que nunca haviam tocado em nenhum evento de Rap, como por exemplo, MC Lang. Vale destacar também, as edições que aconteceram no ano de 2016. Realizamos um campeonato de Batalha de MCs com etapas mensais que ocorriam sempre na Pista de Skate do São Roque, que culminou em ótimos resultados. Junto às etapas realizamos collabs com outros eventos e trouxemos exibições de documentários, palestras e workshops. A final da temporada foi realizada na Pista de Skate Robson de Oliveira, na antiga Praça Dona Branca, que havia sido récem inaugurada, e que resultou na maior ação social do Município. Mais de 2000 pessoas compareceram ao evento e cerca de meia tonelada de alimentos foram arrecadadas. Este ano nos gerou grandes reconhecimentos, como a Menção Honrosa da Fundação Zullu Nation (EUA), órgão que regulamenta o HIPHOP no mundo todo, ainda fomos um dos 76 projetos contemplados no edital Favela Criativa e tivemos uma edição bancada pela Light onde ano passado comemoramos com shows do ADL e Xamã.

E nos anos seguintes, como foi o desenvolvimento na produção das edições?

Entre 2012 e 2013, durante 1 ano, direto fizemos diversas edições mensais, confirmando o nome e se afirmando na cena da Baixada como um projeto em transição e afirmação . Sempre misturando apresentações de MCs, DJs, grupos, saraus poéticos,batalhas temáticas, troca de livros, exposição de grafite, e até mesmo pintura painéis ao vivo. Nesse período surgiram muitos nomes como Onni, Quadra 9, Sant, Kayuá, Tiago Mac, Dmauá, entre outros diversos. Alguns hoje trilham o caminho do sucesso, outros ainda seguem buscando. Foram também eventos em Praças públicas, bares, eventos corporativos da Prefeitura de Queimados, Festival de Teatro 2012 e 2013, Encontro de Skate 2014, Além de grandes shows como, por exemplo, Filipe Ret em 2013, o projeto primordialmente manteve a sua essência. Mesclando e interagindo mostrando o que era feito aqui com as coisas que estavam acontecendo fora. Já em 2017, através de parceria com investidores, fizemos grandes edições e trouxemos grandes nomes do HIPHOP como BK' e DJONGA, e nesses eventos pudemos dar a oportunidade aos nossos talentos locais de tocarem para um grande público em um grande palco, com uma bela estrutura.

Durante os 7 anos, em algum momento surgiu a vontade de desistir do projeto? Já houve mais foi muito pouco e tímido sem um pensamento em longo prazo. Nós já pausamos as atividades algumas vezes. Entre 2013 e 2014, por exemplo, ficamos quase um ano sem realizar nenhuma edição. Como elemento cultural da cidade contávamos muito que poderíamos muito ter algum acesso, alguma ajuda, apoio enfim. Foi sempre assim: “Ah vamos inaugurar aquela quadra lá, chama lá aquele pessoal que faz umas rimas na hora e tal”. Por isso mudamos nossa característica em busca de divertir as pessoas, mas sem perder a essência que é o compromisso do HipHop em debater assuntos importantes .

Quais as suas expectativas com o futuro do Batidas e Rimas? Em relação ao futuro do Batidas, gostaríamos muito de mais oportunidades e condição de poder projetar ainda mais os artistas daqui, porque tem muita gente talentosa aqui na região, já fizemos muito, mas pra gente ainda falta muita estrutura. Na verdade ainda falta muita coisa, a gente consegue colocar a galera daqui pra tocar nos eventos que fazemos com os artistas mais conhecidos, mas ainda assim, falta patrocínio, ou algum fundo governamental que nos desse respaldo para que pudéssemos gravar a galera, fazer uns vídeos com uma produção maneira, para que a gente pudesse também fazer o evento com mais frequência e em mais lugares. A gente arregaça as mangas e tenta a todo momento, mas ainda falta.

COMEMORAÇÃO 7 ANOS Para comemorar os sete anos do movimento, o Batidas e Rimas promove, na cidade de Queimados, o show do rapper Djonga, que vai agitar a cidade na estréia da sua turnê “O menino que queria ser Deus”. Além da apresentação do rapper, haverá também show de um dos maiores expoentes da cultura hip-hop, o Marcão Baixada, e do trio feminino A Bronca, formado por meninas da zona sul do Rio que contabilizam milhões de views no YouTube. Djs como Negalha e Tamy também tocarão ao longo do dia, hits para todos os gostos que vão do Rap ao Reggae, passando pelo funk e samba. O evento será no dia 15 de novembro, na quadra do Queimados FC, a partir das 15h e os ingressos variam entre R$15 e R$25.

 
 
 

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