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Cultos afros serão incluídos no calendário litúrgico de Queimados

  • Foto do escritor: Minha Baixada
    Minha Baixada
  • 3 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

É muito comum assistir em cerimônias realizadas pelo poder público da cidade de Queimados, leituras de trechos da bíblia, cultos evangélicos e até missas em ação de graça, mas ninguém nunca viu nenhum culto afro ou nenhuma referência aos povos de matriz africana, responsáveis pela origem da religiosidade brasileira. Estas questões foram levadas ao poder legislativo pelo COMPPIR - Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial para que se possa tornar o processo um pouco mais democrático, atendendo à Constituição Federal que prevê a liberdade de culto e até mesmo a necessidade de um estado Laico.

A iniciativa foi acatada pelo vereador Antônio Crisper (Tuninho Vira Virou) que encaminhou três indicações legislativas à Câmara Municipal de Queimados na última terça, 30. A indicação, nº: 148/2019, trata da inclusão do dia 16 de maio como sendo o Dia Municipal de Defesa da Liberdade Religiosa, a indicação, nº: 149/2019 que solicita a inclusão no calendário de eventos religiosos em comemoração a emancipação da cidade, uma celebração que inclua as religiões de matriz africana; e ainda uma terceira indicação, nº: 150/2019 que solicita a criação de uma praça pública em homenagem às religiões de matriz africana que receba o nome de um ícone da luta negra.

Essa última indicação já está criando um grande debate quanto a escolha do ícone, conta o o conselheiro Leandro Batista. “ Em nossa última reunião, foi discutido qual seria o ícone a ser destacado, e cogitou-se por um busto de Zumbi dos Palmares em praça pública, no entanto, as mulheres do movimento reivindicam ícones femininos de grande relevância, o que eu acho muito justo”, lembrou. O zelador Fabrícius Caravana sugeriu então para não desagradar ninguém que se plante uma muda de Baobá, uma árvore considerada sagrada para as religiões de matriz africana”, destacou. (foto: Tuninho, à esquerda, junto com a rainha Diambi, Jorge Luiz e o professor de capoeira Arlindo Sampaio).

A Secretaria de Direitos Humanos da cidade, através do Conselho Municipal que está organizando o movimento, convidou na última semana, representantes e dirigentes das religiões de matriz africana na cidade para ajudarem na elaboração do calendário litúrgico da emancipação da cidade de Queimados e para tratarem destas outras questões pertinentes à pauta da religiosidade africana. “Para nós, militantes do Movimento Social Negro, que trabalhamos defendendo as ações afirmativas, acreditamos que é um passo muito importante essas indicações. Pois são ações pontuais na luta contra a intolerância religiosa, bandeira assumida pela Coordenadoria e pelo Conselho de Promoção da igualdade Racial”, destacou, Jorge Luiz Fernandes Dias, presidente da COMPPIR. (Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial).

A indicação legislativa: 149/2019 de autoria do vereador Antônio Crisper, o Tuninho Vira Virou, que adiantou a importância do movimento para a cultura local. “Tenho muita alegria que venho como membro da comissão de Direitos Humanos, apresentar estas indicações de grande relevância para a sociedade. Pude observar que nos 28 anos de festas de emancipação, nunca se fez celebrações de cultos afros, principalmente umbanda e candomblé. Temos mais de 200 templos religiosos na cidade. Nossa Constituição é bem clara no artigo 5º, no que tange à proteção e respeito à liberdade religiosa. Não podemos negar sua existência e sua importância pois todos contribuem para o crescimento e história de nossa cidade”, ressaltou em sua defesa.

O zelador da centenária Cabana de Pai Fabrício de Queimados, Dr. Fabrícius Caravana, lembrou que seu pai não chegou a participar do processo de emancipação, mas que foi um dos precursores do movimento. “Lembrando que nós não somos “esse povo”, somos cidadãos da cidade de Queimados. Ficamos muito tristes com o privilégio de algumas religiões, haja vista, que as religiões de matriz africana são a raiz de nosso povo. Devo ressaltar que estamos reivindicando respeito e igualdade de participação nas atividades solenes públicas, deixando claro que devemos respeitar o estado laico”, ressaltou Fabrícius. Estiveram presentes à sessão, vários líderes religiosos, entre eles: Pai Wilson, Renê, Mãe Tula, Doté Genésio, Pai Rogério, Mãe Irene, Maé Kely, Pai Geraldo, Pai Fernando, Gloria Maria, Renê, Joaquim, Mãe Tuca, Ekede Nilza, Pai Fabrícius, entre outros.

 
 
 

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