MPF pede ao governador do RJ providências de combate à violência religiosa
- Minha Baixada
- 3 de jun. de 2019
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O Ministério Público Federal (MPF), por meio do procurador da República Júlio José Araujo Junior, se reuniu nesta sexta-feira (31) com o governador do estado do Rio de Janeiro Wilson Witzel para pedir providências no combate à violência nos casos de intolerância religiosa contra comunidades de matriz africana na Baixada Fluminense. Entre os encaminhamentos da reunião, definiu-se a realização de um encontro com as lideranças religiosas do povo de santo e a adoção de medidas de reparação e responsabilização pelo governo em relação aos episódios já ocorridos.
O procurador relatou informações contidas no inquérito civil público que tramita na Procuradoria da República em São João de Meriti e mencionou as medidas que o MPF vem adotando para não só promover a liberdade religiosa e a valorização das comunidades de matriz africana, mas também assegurar a segurança e o respeito à vida de seus integrantes. Destacou que o governo do estado precisa oferecer respostas para garantir tranquilidade aos grupos, uma vez que há um cenário de muita preocupação e intranquilidade.
O interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), professor Dr. Babalawô Ivanir dos Santos ressaltou a importância em se observar o histórico de ódio religioso e a necessidade de que o Estado ouça os representantes das comunidades, de forma a mostrar sua presença e indicar a realização de medidas.

Na reunião, o procurador entregou ao governador o relatório nacional sobre intolerância religiosa produzido pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, fruto de pesquisa do procurador da República Jaime Mitropoulos, no qual a Baixada Fluminense ocupa posição de destaque nesse tipo de violência.
Na última quarta-feira (29), representantes do MPF se reuniram com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado André Ceciliano, para também tratar dos casos de intolerância religiosa contra comunidades de matriz africana na Baixada Fluminense. Ficou definido que será realizada nova reunião na próxima semana junto à Secretaria de Polícia Civil para acompanhar a estruturação do órgão no enfrentamento de tal prática. Nesta segunda-feira (3), o MPF realiza encontro com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (RJ), Luciano Bandeira, para tratar do mesmo tema.
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