Diretoras são exoneradas por exigirem novas eleições

Diretoras prometem levar o caso para o Ministério Público

A diretora Lúcia Karine e sua adjunta Kátia Zabeu da escola municipal Leopoldo Machado em Queimados foram exoneradas de seus cargos de direção, mesmo sendo concursadas e eleitas pela comunidade escolar por exigirem as eleições que não ocorreram em dezembro.

As diretoras foram questionadas pela secretaria municipal de educação por estarem nas redes sociais e nas esferas públicas exigindo seus direitos de realização das eleições. "Foi feita uma alteração de lei para que a nova eleição acontecesse somente em dezembro de 2022. Nossa luta foi para que essa data voltasse para março e nós comemoramos isso sim, e por conta disso recebemos essa retaliação, mas nós vamos recorrer. A pessoa que está no meu cargo é réu no Ministério Púbico por improbidade administrativa e danos aos erário público. É essa pessoa que ele põe como diretora da escola", destacou Lúcia.

O decreto do prefeito foi derrubado pela câmara municipal que votou na última sessão (22) um substitutivo alterando a data da nova eleição para 31 de março de 2022, a pedido da categoria que estava sentindo-se lesada com a decisão do governo em prorrogar por mais de um ano as eleições para as diretoras municipais, com direito a substitutivo a qualquer tempo das diretoras em exercício, explicou o presidente da câmara, prof. Nilton Moreira. "As eleições deveriam ter acontecido ainda este ano, mas como eles não se organizaram para tal, pelo menos em março terá de ocorrer e as diretoras atuais precisam ser mantidas nos seus mandatos até lá", destacou. Tentamos contato com o subsecretário de educação mas ele disse que somente poderia atender nesta quarta (29).