Educação de Queimados vai gastar mais de R$ 7 milhões em tablet para alunos que mal tem merenda
- Dine Estela
- 28 de dez. de 2021
- 2 min de leitura

Empresa que ganhou a licitação está envolvida em casos de corrupção na Paraiba
O Prefeito de Queimados, Glauco Kaizer fechou uma compra de equipamentos de informática (tablet´s), que somam mais de R$ 7 milhões. A publicação saiu no Diário Oficial de Queimados no último dia 22 de dezembro de 2021. No DOC não dizia a quantidade de equipamentos, a qualidade, nem mesmo o valor unitário. A compra foi feita através do pregão eletrônico realizado em outra cidade e Queimados aproveitou essa ata de tomada de preços para a compra de equipamentos. Tudo isso é permitido por lei. O fornecedor só recebe quando entrega a mercadoria. Até aí tudo certo. Onde entra o X da questão.
Entre as irregularidades presentes, está a falta de transparência nas informações com relação ao valor de cada tablet, quantidade, entrega, pagamento (antes ou depois) e ainda, o motivo pelo qual se escolheu uma empresa sem uma prévia análise de sua idoneidade. O fato dela ter participado de outros pregões e estar “apita” a vendar para qualquer prefeitura, não significa que a mesma não tenha problemas com a justiça e que a prefeitura não tenha de procurar saber se a empresa vem cumprindo seus contratos em outras cidades.
O fato é que a empresa CONESUL COMERCIAL E TECNOLOGIA EDUCACIONAL EIRELI, CNPJ Nº. 05.896.401/0005-19 esteve envolvida em um suposto esquema de corrupção e está sendo investigada pelo Ministério Público no Estado da Paraíba através da operação Calvário que envolveu, além de policiais federais, procuradores da República e auditores da Controladoria Geral da União (CGU). Veja a íntegra do processo: file:///D:/A%20MIMHA%20BAIXADA/A%20MIMHA%20BAIXADA/JORNAL/A_DEZEMBRO/CALV%C3%81RIO-V.pdf
A Deputada estadual, Alana Passos (PSL) entrou com pedido no Ministério Público - MPRJ e no Tribunal de Contas do Estado - TCE para que seja apurado e investigado este contrato. E, claro, pediu o cancelamento. “São mais de R$7 milhões que o prefeito quer investir e ninguém sabe a quantidade de tablets, a garantia, a procedência e nem mesmo o valor de cada um”, observou.
Em suma: a educação de Queimados vem oferecendo uma merenda seca e sem valor nutricional aos alunos, não chegou a completar nem meia dúzia de cestas básicas para os alunos que estavam impedidos de estudar por conta da pandemia, as escolas ficaram sem reforma durante os últimos ois anos da pandemia, os alunos não puderam receber o material didático online porque não havia internet disponível e muitas escolas ainda encontram-se em péssimo estado de conservação e seria o tablet a salvação da lavoura. Vale ressaltar, que os professores não terão tablet. Esses serão para os alunos do 6º ao 9º e os alunos não poderão levar pra casa. Sem contar as duas horas de aula a cada 15 dias. Esse foi o plano de retomada das aulas proposto pela educação municipal.
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